Norman Doidge, médico psiquiatra e psicanalista, da Universidade de Columbia em Nova York, no seu livro o “Cérebro que cura – como a neuroplasticidade pode revolucionar o tratamento de lesões e doenças cerebrais”, em um dos capítulos que trata da visão, chama a atenção para o fato de que:

“A evolução dos seres humanos ocorreu de maneira a permitir-lhes usar os olhos a distâncias muito diferentes: como caçadores, para espiar animais de muito longe; como coletores, para colher pequenas sementes.

Hoje, cada vez mais, as pessoas passam a maior parte do dia diante de computadores e celulares, lendo às pressas, olhando apenas para distâncias curtas à sua frente. Lendo rápido, absorvem a maior parte de texto “de um só gole”, de tal forma que não podem ver todas as palavras claramente. Repetidas milhares de vezes, essa maneira de usar os olhos passa a ser programada no cérebro: mau uso da fixação central e negligência da visão periférica e distante”.

A visão é uma atividade sensorial e motora. Os seis músculos externos que cercam os olhos auxiliam na focalização de objetos junto com a mudança no formato do cristalino. Os músculos externos mudam o foco prolongando ou encurtando o globo ocular.

O estresse ativa o sistema simpático liberando adrenalina e deixa toda a musculatura do corpo tensa inclusive os seis músculos ao redor dos olhos.

Alguns exercícios antigos, já usados pelos budistas, podem ajudar no relaxamento do corpo e dos olhos, seguem abaixo 4 desses exercícios:

Esses exercícios aparentemente simples, feitos com frequência, ajudam a modular vias neurais contribuindo para a neuroplasticidade (remodelação) do cérebro.

Quando estamos estressados acionamos o sistema nervoso simpático que libera adrenalina e nos coloca em posição de luta e fuga. Isso consome grandes quantidades de energia do nosso organismo se ficarmos nesse estado por tempo prolongado. É necessário que possamos resolver a questão que nos colocou nesse modo e ativarmos o sistema nervoso parassimpático que põe o organismo em um estado de repouso e regeneração.

Temos que recuperar a energia perdida!

Norman Doige, com vasta experiência em relatos de cura via neuroplasticidade (remodelação) do cérebro, explica que a sequência básica desses movimentos e visualizações são na verdade algumas das principais etapas desse processo de neuroplasticidade para modular vias neurais no cérebro.

Vamos a elas:

O sistema nervoso precisa de informação e de nutrição para criar novas sinapses [novos caminhos neurais]!

COMO A ACUPUNTURA AUXILIA NO CANSAÇO DOS OLHOS?

A acupuntura tem sido usada há mais de 2.000 anos na China e desde o século passado nos EUA e na Europa.

As agulhas de acupuntura são bem finas (mais ou menos semelhante à espessura de um fio de cabelo) e, em geral, há penetração de apenas a ponta da agulha na pele.

O agulhamento de acupuntura age em regiões do cérebro (córtex somatossensorial) e modula a percepção da dor via liberação de endorfinas que acalmam a mente e reduzem a dor. Ela é uma técnica que ajuda o cérebro (computador central) nas suas funções de regular as emoções, a mente e as funções de todos os sistemas e órgãos do corpo.

Vide artigo nesse site: “Home office – acupuntura pode ajudar?”

ESTRESSE PSÍQUICO E POSTURAL

A acupuntura alivia o estresse via liberação de endorfinas e equilíbrio do sistema nervoso autônomo simpático-parassimpático.

O estresse não é apenas mental e pode se manifestar no corpo com dores físicas em diversas regiões inclusive na região da cabeça, pescoço e ao redor dos olhos.

ESFORÇO OCULAR EXCESSIVO

Tanto o uso da visão de perto muitas horas em frente a um computador quanto a postura da cabeça inclinada para frente prejudicam a visão. Uma gera tensão nos músculos ao redor dos olhos e a outra, prejudica a circulação do sangue para toda a região da cabeça incluindo os olhos.

A acupuntura reduz a tensão na musculatura ao redor dos olhos e do pescoço. 

Associada a exercícios de alongamento, massagens ao redor dos olhos, exercícios oculares e pausas durante o trabalho tem efeitos restauradores.

ESTRATÉGIAS DO PROGRAMA SAÚDE DOS OLHOS

Utilizamos em nossa clínica:

3 NÍVEIS DE SUPORTE À SAÚDE DOS OLHOS:

 1. NIVEL I – PREVENÇÃO
Orientação alimentar com alimentos nutritivos:
Adequação da digestão dos alimentos; Melhora da absorção dos nutrientes provenientes da alimentação para chegada em todos os órgãos do corpo
“Somos o que comemos, digerimos e absorvemos”
Reposição de vitaminas e minerais deficientes de acordo com os exames laboratoriais
Uso de suplementos que beneficiam os olhos tais como ômega 3, luteína
Uso de plantas medicinais ocidentais e orientais que contém fitoquímicos com ações antiflamatórias e nutritivas para os olhos
Uso da acupuntura que libera endorfinas e relaxa os músculos ao redor dos olhos, auxilia na função do sistema imune, combate inflamação e alivia dores dentre outras ações.

Vide nesse site: “Acupuntura: indicações
Exercícios para os olhos que auxiliam no relaxamento dos músculos ao redor dos olhos, no estímulo dos reflexos da pupila e na acomodação do cristalino
Orientação postural sobre o uso de microcomputadores, tablets e celulares que impactam na postura do pescoço e da cabeça e prejudicam a circulação para o cérebro e olhos
Tratamento psicoterápico EMDR e Brainspotting baseados na neurociência de como o cérebro funciona. O estresse psíquico e traumas emocionais prejudicam o funcionamento adequado do cérebro Vide nesse site: “Trauma como podemos ajudar”  
2. NIVEL II – INFLAMAÇÃO
Para indivíduos que precisam associar um tratamento global do organismo ao tratamento do oftalmologista
Todas as medidas da fase de prevenção
Associar suporte anti-inflamatório com uso de suplementos e plantas medicinais
3.  NIVEL III – RECUPERAÇÃO
Para indivíduos que precisam associar um tratamento global do organismo ao tratamento do oftalmologista
Todas as medidas da fase de prevenção
Associar suporte nutricional, com plantas medicinais na modulação à inflamação, ao sistema imune e na recuperação das funções dos órgãos, com acupuntura e psicoterapia na reabilitação de sequelas físicas e emocionais de acordo com a avaliação clínica