O QUE É BRAINSPOTTING?

ESSE MÉTODO PODE EQUILIBRAR O NOSSO SISTEMA?

Brainspotting é um moderno método de psicoterapia com base no funcionamento do cérebro que incorpora as mais recentes evidências em Neurociências. Foi descoberto em 2003 por David Grand, psicoterapeuta com mais de 30 anos de experiência em traumas.

O Sistema Nervoso Autônomo (Simpático e Parassimpático) inerva as vísceras e quando em desequilíbrio afeta o organismo e pode levar a uma série de doenças, de transtornos mentais – ansiedade, depressão, a doenças físicas – asma, alergias, doenças cardiovasculares, dores crônicas, fadiga, a desequilíbrios emocionais – raiva, medo, tristeza dentre outras.

Imagem EMDR

Equilíbrio sistema nervoso autônomo
Parassimpático: repouso e regeneração Simpático: luta e fuga

Esses desequilíbrios nos impedem de desenvolver plenamente as nossas potencialidades.

Imagem EMDR
Imagem EMDR
Imagem EMDR
Imagem EMDR

O Brainspotting auxilia o sistema nervoso a processar a informação traumática utilizando um ponto de orientação ocular (Brainspot) que está em ressonância com as sensações corporais e outras memórias relacionadas à experiência traumática perturbadora.

MAS O QUE É TRAUMA?

De uma forma mais ampla, do ponto de vista cognitivo, um evento traumático seria aquele em que as crenças e visões de mundo do indivíduo são fortemente confrontadas ou derrubadas.

E O QUE É COGNIÇÃO?

São processos mentais que estão por detrás do comportamento.

QUE TIPOS DE PROBLEMAS O BRAINSPOTTING PODE TRATAR?

Ele pode tratar impactos mentais e emocionais  das situações abaixo dentre outras:

 

Dependência químicaProcedimentos médicos
Ansiedade, depressãoDiagnósticos médicos inesperados
Desastres naturais, guerrasMedo de falar em publico
Dor crônicaFobias
Problemas de apego com os cuidadoresAbusos emocionais, físicos e sexuais
Exposição constante a agressão e ameaçasAnsiedade de performance no esporte, no trabalho
Testemunhar ou sofrer um acidenteTrauma na gravidez ou no parto
Perdas de pessoas amadasMudanças de vida inesperadas

COMO AS SITUAÇÕES QUE PASSAMOS NA VIDA ALTERAM O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA NERVOSO?

Vamos ilustrar através de um dos casos que aparecem no consultório.

Ruan [nome fictício] é um jovem engenheiro de 29 anos que se queixava de dificuldade para iniciar o sono desde a sua adolescência. Foi avaliado por um médico especializado em sono que nada encontrou alterado, mas prescreveu um medicamento para reduzir a sua ansiedade e orientou a higiene do sono adequada.

Mesmo com a medicação ainda encontrava dificuldades para iniciar e manter um sono reparador.

Com um sono inadequado, passou a apresentar problemas para se concentrar no trabalho, sonolência diurna, cansaço físico e mental. A produtividade no trabalho caiu e com receio de ser demitido, procurou tratamento com psicoterapia para tentar reduzir a ansiedade e conseguir conciliar o sono.

Iniciou tratamento com a terapia Brainspotting.

Na primeira sessão de brainspotting escolheu o tema insônia para tratamento com o objetivo de desligar a mente e dormir tranquilamente.

Enquanto relatava toda a sua maratona para conseguir dormir da sua adolescência até a idade atual, olhava fixamente em um ponto no seu campo visual. Perguntado se apresentava algum incomodo no corpo ao contar essa história, respondeu que sentia uma sensação de aperto no peito como se fosse uma angústia.

Havia algumas situações na sua vida que também o fazia ter a mesma sensação no peito, uma delas era quando o seu atual chefe lhe fazia cobranças que ele julgava exageradas. Perguntado se lembrava da primeira vez no passado, na sua infância ou adolescência, que se sentiu assim, ele respondeu que não lembrava de nada semelhante.

Após o seu relato e as perguntas feitas, iniciou-se o processamento com o brainspotting solicitando ao Ruan que trouxesse para a sua mente o seu objetivo, olhasse fixamente no ponto visual escolhido e focasse a sua atenção no peito.

Após cerca de 10 minutos, memórias em sua mente vieram à tona da sua infância quando o seu pai chegava tarde da noite de volta do seu trabalho esbravejando e reclamando muito com a sua mãe. Várias lembranças foram surgindo, aparentemente sem conexão até chegar em uma cena na sua adolescência quando os seus pais se separaram. Durante parte do processamento, o seu corpo apresentou tremores nas mãos, na região da garganta e na boca.

Ao final de uma hora de sessão, os movimentos no corpo cessaram e ele relatou que estava bem e calmo.

Na sessão seguinte, Ruan refere calma e mais facilidade para iniciar o sono. “Parece que tirei um peso das costas”, diz aliviado.

Essa é uma das várias histórias que surgem nas sessões de brainspotting.

MAS O QUE SIGNIFICA TODA ESSA INTERAÇÃO MENTE E CORPO NAS SESSÕES?

COMO ESSA TERAPIA FUNCIONA?

O Brainspotting é uma terapia que conecta mente, corpo e o todo o sistema nervoso.

O nosso sistema nervoso tem a função de nos ajudar a interagir com o mundo. Recebe estímulos dele, interpreta e ordenar ao corpo a execução de ações seja para nos aproximarmos ou nos afastarmos da situação.

Se houver perigo iminente, a emoção medo entra em ação, o organismo libera mensageiros químicos que aceleram a respiração, os batimentos cardíacos com o objetivo de  enviar mais sangue e oxigênio aos músculos que entrarão em ação para nos tirar dali. Ao mesmo tempo a mente, registra imagens da situação de perigo e sentimos medo.

Tudo isso é tão rápido, que mal temos tempo de registrar em nosso consciente (córtex cerebral). Boa parte desses ajustes ocorrem em áreas cerebrais abaixo do nível consciente (subcórtex cerebral) que dispara comandos diretos ao corpo.

Brainspotting promove o equilíbrio Bottom-Up – De baixo para cima – Do subcórtex  para o córtex cerebral

Mas o fato de não termos consciência não quer dizer que não houve registro nas partes mais baixas desse grande biocomputador chamado cérebro. Sabe-se que situações com grande componente emocional podem ser registradas na amígdala cerebral, estrutura localizada na região subcortical.

A terapia Brainspotting auxilia o sistema nervoso a realizar o processamento da informação traumática utilizando um ponto de orientação ocular que está em ressonância com as sensações corporais e outras memórias relacionadas à experiência traumática e perturbadora.

O paciente precisará se sentir em um ambiente de segurança e sintonia com o terapeuta para poder acessar e tomar consciência de como foram realizados os registros que estão mantendo os sintomas.

Receber novidades

Digite seu endereço de email para receber as novidades do site Caminho Integrativo da Dra. Paula Pedroza por e-mail.

Junte-se a 219 outros assinantes