Câncer, conhecido como uma neoplasia maligna, é na verdade, um grande grupo de diferentes doenças, todas envolvendo o crescimento celular desregulado.

No câncer, as células se dividem e crescem sem controle, formando tumores malignos que invadem  os tecidos Vizinhos e podem  também se espalhar  para partes mais distantes do corpo através do sistema linfático e da corrente sanguínea.

Após a doenças cardiovasculares, os cânceres ocupam o segundo lugar  nas causas de morte, e a incidência vem aumentando.  Em 2008, houve 565.000 mortes por câncer somente nos  Estados Unidos da América.

O desenvolvimento de um  câncer é um fenômeno gradual, podendo evoluir ao longo de vários anos, antes de provocar a manifestação dos sintomas. Esse tempo é precioso no sentido de que podemos intervir em várias etapas do seu desenvolvimento e bloquear a evolução da célula transformada para uma célula cancerosa madura.

De um modo geral, todos os cânceres seguem o mesmo processo de desenvolvimento o qual se divide em três grandes etapas: iniciação (lesão do DNA) , promoção (célula danificada pré-cancerosa) e progressão (célula transformada em direção a um câncer maduro com capacidade de estímulo a angiogenesis-proliferação de vasos).

Para vencer as fases de promoção e progressão, as células devem multiplicar as tentativas de mutação, na esperança de adquirir as caracteristicas  necessárias ao seu crescimento. Essa etapa pode se estender ao longo de  um a quarenta anos.

Na fase de progressão, a célula transformada adquire a sua independência e características cada vez mais malignas, o que lhe permite invadir os tecidos vizinhos e até espalhar-se  por outros tecidos, caracterizando o que chamamos de um câncer maduro com crescimento anárquico.

As condições  que resultam no aparecimento de um  cancer decorrem de predisposição genética  associada a  exposição de carcinógenos  na  dieta  e ambientais , radiação ionizante, excesso de exposição a luz ultravioleta além dos químicos do tabaco, etc.

Em 2000, The New England Journal Medicine publicou um artigo que avaliou 44.788 pares de gêmeos idênticos e concluiu que “fatores genéticos são responsáveis por uma pequena contribuição ao desenvolvimento da maioria das neoplasias”. Esse achado indica que o ambiente tem o principal papel no aparecimento dos cânceres. A genética não é modificável, mas as causas ambientais de cânceres podem  ser alteradas se elas forem  reconhecidas e controladas.

Esse estudo abre uma luz na prevenção dos cânceres e tira o estigma do determinismo genético.

Reconhece-se agora, que ao longo da vida, cada um de nós provavelmente muitas vezes produziu células alteradas mas que são destruídas pelo nosso sistema de vigilância. Alguns distúrbios metabólicos favorecem o aparecimento dessas células. A aplicação clínica desse modelo foca na abordagem e controle desses distúrbios que propiciam o desenvolvimento de células alteradas.

Na  Medicina Convencional a pergunta que se faz  é:

Que Tumor você tem ?

Que tipo de Quimioterapia, Cirurgia ou Radioterapia é necessária para o Tumor?

Qual é o Prognóstico?

O Foco é no Tumor.

Já  na Abordagem da Medicina Funcional nós devemos perguntar:

 Por que esse Cancer cresceu?

Como nós podemos mudar as condições que favorecem o crescimento desse Cancer?

Como o terreno orgânico desse paciente tornou-se  favorável para o crescimento dessa célula invasiva?

Esse paciente  come uma dieta pobre em nutrientes cheia de açúcar, não se exercita, tem estresse crônico, está exposto a poluentes persistentes, a toxinas ambientais, não consegue eliminar os carcinógenos que entrou em contato, tem crenças e pensamentos negativos?

O Foco aqui é no TERRENO que favoreceu o crescimento do Tumor.